Está marcada para a manhã desta sexta-feira, 25, uma reunião entre uma comissão de servidores da saúde pública municipal e o prefeito de Marabá, Maurino Magalhães. O encontro poderá encerrar a greve da categoria, que já dura quatro dias. Na manhã de ontem, em um ato de desespero, um homem que tentava conseguir atendimento para o filho no Hospital Municipal de Marabá, quebrou o vidro de uma das portas da sala de urgência e emergência da unidade e também danificou um computador. Depois que a criança recebeu atendimento o homem foi detido e apresentado na delegacia de Polícia da cidade, sendo liberado depois de prestar depoimento.
O Sindicato dos Trabalhadores de Saúde de Marabá disse que os manifestantes não estão impedindo o atendimento de urgência e emergência nos hospitais e postos da cidade. "A greve é legítima. A falta de estrutura é que está inviabilizando o atendimento", disse um dos grevistas.
Desde que a greve foi deflagrada o Hospital Municipal de Marabá e o Hospital Materno Infantil estão funcionando apenas com cerca de 30% de seus quadros de servidores. As Unidades Básicas de Saúde estão quase todas fechadas. Os grevistas estão reivindicando vários direitos, entre eles pagamento imediato do Vale Alimentação, que está atrasado, incorporação do benefício ao contracheque, além da discussão sobre a data-base para reajuste dos salários dos trabalhadores.
Segundo um funcionário do Samu de Marabá, atualmente um técnico em enfermagem ganha salário mínimo, muito abaixo do piso nacional da categoria. Desde a semana passada, os servidores da saúde já alertavam sobre a possibilidade de greve. Além da falta de condições de trabalho, três das cinco ambulâncias existentes estão sem condições de circulação.
Fonte: O liberal
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